20 de nov. de 2016

MADEIRA + DESIGN + ARTE
Paubrasil por PEGN


Uma empresa em São Paulo produz capinhas de celular diferentes da maioria dos modelos disponível no mercado. A diferença não está nos desenhos, estampas e cores dos acessórios e sim no material usado na confecção.

Nas mãos de Cayo Sartori, 29 anos, e Beatriz Vallego, 28, as capinhas para celular são feitas de madeira.  A empresa, inaugurada em 2013, surgiu com a intenção de unir conceitos ecológicos com qualidade de produção. "Não queria que nosso produto fosse muito industrializado e apenas algo estético. Valorizo muito o conceito que há por trás", afirma Sartori, um dos sócios da marca.

A trajetória da dupla no ramo da criação começou logo após os dois se formarem na faculdade, em 2010. Sartori trabalhava em uma agência de publicidade e sempre teve vontade de se ligar cada vez mais aos processos criativos. Beatriz, que compartilhava do sentimento, se juntou a ele na ideia e a empresa surgiu gradualmente, após cerca de um ano de planejamento. Inicialmente, os dois contavam com produções terceirizadas para materializar os produtos. "Nós começamos fazendo os projetos, mas a execução era terceirizada com marceneiros", explica Sartori.

As capinhas da Paubrasil são feitas com madeiras do tipo Imbuia e Peroba, que é um tipo de material de demolição totalmente reaproveitado. Os clientes podem fazer solicitações para a empresa e personalizarem as capinhas de acordo com suas ideias. Sartori explica que ele e a equipe fazem todos os ajustes para que o desenho solicitado se encaixe perfeitamente no celular do cliente. "A possibilidade de personalização e customização fez nosso negócio alavancar", diz Cayo, que produz de 400 a 500 peças por mês, faturando cerca de R$ 30 mil mensais.

Atualmente, a produção das capinhas da Paubrasil não é mais terceirizada. Cayo e Beatriz agora têm uma pequena fábrica em São Paulo, estruturada com máquinas que ajudam na confecção. Além da dupla, há mais três funcionários que auxiliam na mão de obra.  Além das peças, a embalagem e a propaganda da empresa também são de responsabilidade dos sócios.

Como o mercado de smartphones muda muito rapidamente, Cayo diz que também é preciso ter uma atenção especial para os lançamentos dos aparelhos. "Nós acabamos comprando os novos modelos para desenvolver a capinha, mas temos que coordenar essa parte, já que o mercado lança modelos a cada 6 meses. Acabamos priorizando aqueles que ficam em alta e acabam entrando na lista dos mais vendidos."


Os preços das peças podem variar de acordo com o modelo do celular e o desenho escolhido. A faixa de preço vai de R$ 105 a R$ 130

EM: http://revistapegn.globo.com/Empreendedorismo/noticia/2016/11/empresa-paulista-fatura-com-capinhas-de-celular-feitas-de-madeira